Adélia Luzia Prado de Freitas nasceu em 1936 em Divinópolis, MG. Formou-se em filosofia e foi professora. Poetisa, escreveu também livros de prosa: ‘Solte os cachorros’ e ‘Cacos para um vitral’. Tem ainda trabalhos publicados em revistas, jornais e antologias literárias.
"Para mim, a definição mais perfeita de poesia é: a revelação do real. Ela é uma abertura do real. Ela revela aquilo que a gente não sabe. Isso é que é poesia para mim. Ela me tira da cegueira. Um poema verdadeiro tem esse poder, tanto que você abre um manuscrito de mil anos e a coisa está lá, fresquinha, não tem um grão de envelhecimento. Para mim, experiência religiosa e experiência poética são uma coisa só. Isto porque a experiência que um poeta tem diante de uma árvore, por exemplo, que depois vai virar poema, é tão reveladora do real, do ser daquela árvore, que ela me remete necessariamente à fundação daquele ser. A experiência se revela em palavra. A palavra é a carne da experiência. O nome tem que ser a coisa. A linguagem por excelência desse júbilo é poética. Uma oração verdadeira está ungida de mistério, portanto de beleza – portanto de poesia. Poeta não tem função neste sentido de "utilidade" – ele vai ali, tem a experiência e tal. Eu acho que a poesia é um fenômeno da natureza, igual a tempestade, rio, montanha."
(Frases de Adélia Prado, tiradas da entrevista dos Cadernos de Cultura Brasileira, no número dedicado à poeta, e reordenadas)
"Para mim, a definição mais perfeita de poesia é: a revelação do real. Ela é uma abertura do real. Ela revela aquilo que a gente não sabe. Isso é que é poesia para mim. Ela me tira da cegueira. Um poema verdadeiro tem esse poder, tanto que você abre um manuscrito de mil anos e a coisa está lá, fresquinha, não tem um grão de envelhecimento. Para mim, experiência religiosa e experiência poética são uma coisa só. Isto porque a experiência que um poeta tem diante de uma árvore, por exemplo, que depois vai virar poema, é tão reveladora do real, do ser daquela árvore, que ela me remete necessariamente à fundação daquele ser. A experiência se revela em palavra. A palavra é a carne da experiência. O nome tem que ser a coisa. A linguagem por excelência desse júbilo é poética. Uma oração verdadeira está ungida de mistério, portanto de beleza – portanto de poesia. Poeta não tem função neste sentido de "utilidade" – ele vai ali, tem a experiência e tal. Eu acho que a poesia é um fenômeno da natureza, igual a tempestade, rio, montanha."
(Frases de Adélia Prado, tiradas da entrevista dos Cadernos de Cultura Brasileira, no número dedicado à poeta, e reordenadas)
Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira(…)Vai ser coxo na vida é maldição para homem.Mulher é desdobrável. Eu sou.