terça-feira, 29 de novembro de 2011

(Alberto Leal - 7 dezembro 2004)

Liberdade

Você foi a mais bela,
A mais forte,
A mais poderosa poesia de amor.
Diante da felicidade,
Prisioneiro da paixão,
Tornei-me anjo ao seu dispor.
Iludida pela tentação,
Você ignorou minha dor,
Arrancando de mim,
Versos do mais puro amor.
Liberto, posso agora voar,
Pois não mais reluz em meu peito,
Aquela flecha que me cravou ao luar.
Estou livre para sonhar,
Graças a um anjo de além mar,
Que veio me libertar.

VIDA DE POETA: Poeta do dia:Lord Byron

VIDA DE POETA: Poeta do dia:Lord Byron: Poeta inglês (1788-1824). Sua obra e sua personalidade romântica têm grande repercussão na Europa do início do século XIX. George Gordon No...

Poeta do dia:Lord Byron

Poeta inglês (1788-1824). Sua obra e sua personalidade romântica têm grande repercussão na Europa do início do século XIX. George Gordon Noel Byron nasce em Londres e, em 1798, herda o título nobiliárquico de um tio-avô, tornando-se o sexto Lord Byron. Em 1807 publica Horas de Ócio,
livro de poemas mal recebido pela crítica. Com apenas 21 anos ingressa na Câmara dos Lordes e viaja pela Europa e pelo Oriente, regressando em 1811. No ano seguinte publica o poema A Peregrinação de Childe Harold, sobre as aventuras de um herói e a natureza da península Ibérica,
sucesso em vários países europeus. Muda-se para a Suíça em 1816, após o divórcio de Lady Byron, causado pela suspeita de incesto do poeta com a meia-irmã da esposa. Escreve o terceiro canto de A Peregrinação de Childe Harold, O Prisioneiro de Chillon (1816) e Manfred (1817).
Transfere-se para Veneza , onde escreve em 1818 Beppo, uma História Veneziana, sátira à sociedade local. Um ano depois começa o inacabado Don Juan. Torna-se membro do comitê londrino para a independência da Grécia, país para onde viaja em 1823 para lutar ao lado dos gregos contra os turcos. Morre quatro meses depois, em Missolonghi.
"O ódio é o prazer mais duradouro; / os homens amam com pressa, mas odeiam com calma".

VIDA DE POETA: Musica do dia:Shania Twain - From This Moment On

VIDA DE POETA: Musica do dia:Shania Twain - From This Moment On: From This Moment on Shania Twain From this moment life has begunFrom this moment you are the oneRight beside you is where I belongF...

Musica do dia:Shania Twain - From This Moment On

From This Moment on Shania Twain
From this moment life has begunFrom this moment you are the oneRight beside you is where I belongFrom this moment on
From this moment I have been blessedI live only for your happinessAnd for your love I´d give my last breathFrom this moment on
I give my hand to you with all my heartCan´t wait to live my life with you, can´t wait to startYou and I will never be apartMy dreams came true because of you
From this moment as long as I liveI will love you, I promise you thisThere is nothing I wouldn´t give From this moment on
You´re the reason I believe in loveAnd you´re the answer to my prayers from up aboveAll we need is just the two of usMy dreams came true because of you
From this moment as long as I liveI will love you, I promise you thisThere is nothing I wouldn´t give From this momentI will love you as long as I liveFrom this moment on
A partir desse momento
A partir deste momento a vida começaA partir deste momento você será o únicoAo seu lado é onde devo estarA partir deste momento em diante
A partir deste momento eu fui abençoadaEu vivo somente para sua felicidadeE pelo seu amor eu daria meu último suspiroA partir deste momento em diante
Eu dou-lhe minha mão com todo meu coraçãoMal posso esperar para viver minha vida com você, mal posso esperar para começá-la, você e eu nunca nos separaremos,meus sonhos tornaram-se verdadeiros por causa de você
A partir deste momento e enquanto eu viverEu vou te amar, isto eu prometoNão existe nada que eu não dariaA partir deste momento em diante
Você é a razão por eu acreditar no amor,Você é a resposta do Céu às minhas precesTudo que precisamos é um do outroMeus sonhos se tornaram realidade por sua causa
A partir deste momento e enquanto eu viverEu vou te amar, isto eu prometoNão existe nada que eu não dariaA partir deste momentoEu vou te amar enquanto eu viverA partir deste momento em diante...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Musica do dia:A Paz - Roupa Nova


 Quando, a poesia entra no social, e liquida toda a
Arrogância
, mostrando tudo de uma maneira que as outras pessoas nunca tentaram ver," é hora de ser feliz", nessa felicidade viver o amor.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poeta do dia:Gustavo Becquer

Gustavo Bécquer nasceu em Sevilha em 17.fev.1836.
Aos dezoito anos foi viver em Madri onde iniciou sua carreira de escritor.
Sua saúde era muito frágil e em 1858 sofreu grave enfermidade. Faleceu em Madri, em 22.dez.1870 aos trinta e quatro anos.
Seus poemas (chamados RIMAS) estão numerados em algarismos romanos e arábicos.
Os amigos de Bécquer fixaram os números romanos na edição de 1871.
Os números arábicos correspondem a ordem adotada no "Libro de los gorriones"
 
RIMAS - (LIX - 17)

Yo sé cuál el objeto Eu sei qual o objeto
de tus suspiros es; de teus suspiros é;
yo conozco la causa eu conheço a causa
de tu dulce de tua doce
secreta languidez. secreta languidez.
¿ Te ríes?... Algún día Ris-te?... Algum dia
sabrás, niña, por quê: saberás, menina, porque:
Tú lo sabes apenas, Tu o sabes apenas,
y yo lo sé. e eu o sei.
 
-0-
Yo sé cuándo tú sueñas, Eu sei quando tu sonhas,
y lo que en sueños ves; e o que em sonhos vês;
como en un libro puedo como em um livro posso,
lo que callas o que calas,
en tu frente leer. em tua frente ler.
¿ Te ríes?... Algún día Ris-te?... Algum dia
sabrás, niña, por qué: saberás, menina, porquê:
Tú lo sabes apenas, Tu o sabes apenas,
y yo lo sé. e eu o sei.
 
-0-
Yo sé por qué sonríes Eu sei porque sorris
y lloras a la vez; e choras outra vez;
yo penetro en los senos eu penetro nos recônditos
misteriosos misteriosos
de tu alma de mujer. de tua alma de mulher.
¿ Te ríes?... Algún día Ris-te?... Algum dia
sabrás, niña, por quê: saberás, menina, porque:
mientras tú sientes mucho enquanto tu sentes muito
y nada sabes, e nada sabes,
yo que no siento ya, eu que não sinto já,
todo lo sé. tudo sei.
 

 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ninguém separa o poeta da poesia

  O meu encanto pela poesia vem de longe, desde criança  no colo da minha mãe, eu já contemplava a grandeza das cores, o amor entre casais, a solidão desnecessária os corações partidos, as casas antigas, as igrejas festivas, os baús sem fundos, a magia da musica.
 Tudo isso me levou a perceber a poesia na minha vida, o mais interessante é que eu nunca deixei  a poesia na mão, ela sempre foi  o meu consolo, o meu desabafo, o meu amor!  Quando  eu pego em um lápis para escrever, parece que eu entro no conjunto da vida humana, me torno um ser mágico, que chego ate o céu.
 Foi pela poesia, que eu descobri por que os peixes mais bonitos ficam bem no fundo do mar, onde á água doce,  por causa da maldade humana que os pegam e colocam em aquários,  adoro canta, na verdade, faço de tudo um pouco, sou poeta de noite, seminarista pela manha, e cantor pela tarde,  o magia tão bela, o vida tão recíproca  que nos inibe a dizer: não me mate antes que eu possa escrever um poema pra Deus.

Ó santidade que bate em minha  porta, e eu não consigo abrir"
Ronilson Souza

Poeta do dia:Rimbaud

Jean-Nicolas Arthur Rimbaud (20 de outubro de 1854, Charleville - 10 de novembro de 1891, Marselha) foi um poeta francês.

Arthur Rimbaud nasceu em no seio da classe média provincial de Charleville (hoje parte de Charleville-Mézières) no Ardennes departement no nordeste da França.

Ele foi o segundo filho de Vitalie Rimbaud (Cuif, antes de se casar) e o Capitão Frédéric, que lutou na conquista de Algeria e foi premiado com a Légion d'honneur.

Logo depois que o casal teve a quinta criança (Frédéric, Arthur, Victorine (que morreu um mês depois do nascimento), Vitalie e Isabelle), o pai deixou a família.

Crescendo separadamente de seu pai, pelos escritos de Rimbaud é evidente que nunca se sentiu amado por sua mãe. Quando garoto era impaciente, inquieto, porém um estudante brilhante. Pela idade de quinze anos ganhou muitos prêmios e compôs versos originais e diálogos em Latim.

Em 1870 seu professor Georges Izambard se tornou o mentor literário de Rimbaud e seus versos em francês começaram a melhorar rapidamente.

Ele fugia freqüentemente de casa e pode ter se unido por pouco tempo à Comuna de Paris de 1871, que foi retratada em seu poema L'orgie parisienne (“A Orgia Parisiense” ou “Paris Repovoada”); pode ter sofrido violências sexuais por soldados bêbados da comuna (e seu poema Le cœur supplicié (“O Coração Torturado”) parece sugerir).

Nesta época ele se tornou um anarquista, começou a beber e se divertia chocando a burguesia local com suas vestes rotas e o cabelo longo. Neste mesmo tempo escreveu para Izambard e Paul Demeny sobre seu método para atingir a transcendência poética ou o poder visionário através do “longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos.” (Les lettres du Voyant [As Cartas do Vidente]).

Ele retornou a Paris em setembro de 1871 por um convite do eminente poeta simbolista Paul Verlaine (depois que Rimbaud lhe mandou uma carta contendo vários exemplos do seu trabalho) e residiu brevemente em sua casa. Este, que era casado, apaixonou-se prontamente pelo adolescente calado, de olhos azuis e cabelo castanho-claro comprido. Tornaram-se amantes e levaram uma vida ociosa, regrada a absinto e haxixe. Escandalizaram o círculo literário parisiense por causa do comportamento ultrajante de Rimbaud, o arquetípico enfant terrible, que durante este período continuou a escrever notáveis versos visionários.

O caso amoroso tempestuoso do Rimbaud e Verlaine os levou a Londres em setembro de 1872, Verlaine abandonando sua esposa e um filho pequeno (ambos sofriam de abusos durante as iras alcoólicas de Verlaine). Os amantes viveram em uma pobreza considerável, em Bloomsbury e em Camden Town, desprezando uma vida de ensino e uma pensão da mãe de Verlaine. Rimbaud passou seus dias no Reading Room do British Museum onde "calor, luz, penas e tinta eram de graça".

Em junho de 1873, Verlaine voltou para Paris, onde a ausência de Rimbaud foi difícil de agüentar. Em oito de julho, ele mandou um telegrama ao jovem poeta, lhe dando instruções para ir ao Hotel Liège em [[Bruxelas]; Rimbaud concordou imediatamente. O encontro de Bruxelas foi péssimo; um argumentando contra o outro e Verlaine bebendo constantemente. Na manhã de dez de julho, Verlaine comprou um revolver e munição; à tarde, numa "fúria de bêbado", disparou dois tiros em Rimbaud, um deles ferindo o poeta de dezoito anos no pulso.

Rimbaud considerou o ferimento superficial e a princípio não acusou Verlaine. Após isto, ele e sua mãe acompanharam Rimbaud a uma estação de trem em Bruxelas, onde Verlaine se comportou como um louco. Isto fez Rimbaud sentir medo do poeta, que então se virou e foi embora. Em suas palavras "então eu [Rimbaud] implorei para um policial o prender [Verlaine]". Ele foi detido por tentativa de homicídio e submetido a um exame médico humilhante. Também foi interrogado sobre sua correspondência íntima com seu amante e sobre as acusações de sua mulher sobre a natureza de sua relação com Rimbaud, que eventualmente retirou suas queixas, porém o juiz condenou Verlaine a dois anos de prisão.

Rimbaud retornou a sua casa em Charleville e completou sua prosa Une Saison em Enfer (Uma Estação no Inferno), considerada pioneira nas instâncias do simbolismo moderno e escreveu uma descrição sobre sua vida de drôle de ménage (farsa doméstica) com Verlaine, seu frère pitoyable (lamentável irmão) e a vierge folle (virgem louca) por quem ele era um l'époux infernal (noivo infernal). Em 1874 retornou para Londres com o poeta Germain Nouveau e suas arrasantes Illuminações.

Rimbaud e Verlaine se encontraram pela última vez em março de 1875, em Stuttgart, Alemanha, depois que o último saiu da prisão e se converteu ao catolicismo. Rimbaud acabou por desistir de escrever e decidiu-se por uma vida fixa, de trabalho; alguns especulam que ele ainda possuía vivo o seu antigo estado selvagem, enquanto outros sugerem que ele buscou ficar rico e independente para algum dia poder viver como um poeta despreocupado; de qualquer forma, continuou a viajar intensivamente pela Europa, principalmente a pé.

Em maio de 1876 ele se alistou como um soldado no Exército Colonial Holandês para poder viajar livremente para Java (Indonésia) onde ele prontamente desertou, retornando para a França por navio. Na residência oficial do major de Salatiga, uma pequena cidade a 46km do sul de Semarang, capital da Província Central de Java, existe uma placa de mármore declarando que Rimbaud um dia esteve na cidade.

Em dezembro de 1878, Rimbaud chegou a Lanarca, Chipre, onde trabalhou para uma empresa de construção como capataz numa pedreira. Em maio do ano seguinte teve que deixar Chipre por causa de uma febre, que mais tarde, na França, foi diagnosticada como febre tifóide. Em 1880 Rimbaud finalmente adaptou-se em Aden como um empregado principal na agência de Bardey. Ele teve várias mulheres nativas como amantes e por algum tempo viveu com uma amante da Etiópia. Em 1884 ele deixou o trabalho na Bardey para se tornar um mercador por conta própria em Harar, Etiópia. Notavelmente, as vendas de Rimbaud incluíam café e armas. Rimbaud desenvolveu sinovite em seu joelho direito e subseqüentemente um carcinoma no mesmo joelho. Seu estado de saúde o forçou a partir para a França em nove de maio, onde foi admitido num hospital em Marseille, e ali teve sua perna amputada a vinte e sete de maio. Após uma curta estadia na casa de sua família, voltou a viajar para a África, mas sua condição médica piorou durante a viagem, e logo foi readmitido no mesmo hospital em Marseille. Lá, após algum tempo de sofrimento e eventuais visitas de sua irmã Isabelle, Rimbaud morreu a dez de novembro de 1891, com 37 anos, e seu corpo foi enterrado no jazigo da família em Charleville.


Resumo Cronológico:

1854: Em 20 de outubro, nasce Jean Nicholas-Arthur Rimbaud em Charleville (norte da Franca). Seu pai, Fréderic Rimbaud, estava ausente. Neste mesmo ano sua mãe herdará, com a morte do pai, uma fazenda em Roche. Arthur ganha um irmão, Fréderic, nascido em 1853.

1857: Victorine Pauline Vitalie, sua primeira irmã, nasce em 4 de junho, mas morre no mês seguinte.

1858: Sua irmã Vitalie Rimbaud nasce no dia 15 de junho. Ela guardará um diário de informações preciosas sobre a vida do irmão Arthur.

1860: Nasce Isabelle Rimbaud, que se tornará a guardiã das obras de Arthur e também sua grande amiga, o acompanhando ao decorrer de sua agonia. Em agosto seus pais separam-se definitivamente. O capitão Rimbaud engaja-se na guarnição de Grenoble, de onde não dará mais sinal de vida.

1861: Rimbaud inicia seus estudos na Instituição Rossat, em outubro deste ano, e mostra-se um aluno precoce, alcançando as melhores notas.

1869: Seu primeiro prêmio literário acontece no Concurso Acadêmico de Douai, um concurso de versos latinos. Escreve seu primeiro poema conhecido em francês em dezembro deste ano, intitulado : "Les Etrennes des Orphelins".

1870: Ingressa na escola Georges Izambard, em janeiro. Escreve uma carta ao poeta Théodore de Banville após alguns meses, apresentando os poemas "Sensation", "Ophélie" e "Credo in Unam". No dia 19 de julho inicia a Guerra Franco-Prussiana. Um mês depois, Rimbaud foge de casa e vai de trem a Paris. É preso na chegada, e sai graças e intervenção de Izambard, que o leva de volta a Charleville. Em 7 de outubro foge novamente, a pé, passando por Fumay, Charleroi e Bruxelas até chegar a Douai. Durante a jornada, escreve os poemas "Au Cabaret Vert" e "Ma Boheme".

1871: Em fevereiro faz sua terceira fuga, de trem, com destino a Paris, onde fica por 15 dias. Volta a pé a Charleville. Em 18 de marco Rimbaud passa a contribuir com o jornal Le Progrès des Ardennes, em correlacão com a Comuna de Paris. De acordo com alguns autores, ele próprio teria participado da Comuna entre abril e maio. Neste mesmo mês escreve ao escritor Paul Verlaine "Lettre du Voyant", e compõe paralelamente "Le Bateau Ivre". Recebe resposta de Verlaine, no verão, que escreveu : "Venha, querida grande alma, eu o espero".

1871: Em setembro, comeca suas andancas pela Europa. Vai a Paris, onde é acolhido por Verlaine. É bem recebido entre os poetas parisienses com seu "Le Bateau Ivre".

1872: Mathilde, mulher de Verlaine, exige que o marido se afaste de Rimbaud. Entretanto, em julho, os dois viajam juntos e são presos em Arras, em decorrência de "conduta suspeita". Em setembro chegam a Londres. Três meses após, Rimbaud volta a Charleville, atendendo o pedido de sua mãe.

1873: Em janeiro, Verlaine, doente, chama Rimbaud a Londres. Em 3 de julho os dois se afastam, e Verlaine viaja a Bruxelas. Rimbaud o segue alguns dias depois e, durante uma discussão, leva dois tiros de revólver de Verlaine, que lesam seu punho esquerdo. Rimbaud volta a Paris, e antes de partir, denuncia seu amigo a um guarda, na estacão de trem. Verlaine é preso. Após o incidente, Rimbaud inicia o poema "Une Saison en Enfer" em abril.

1874: As "Iluminacões" iniciam-se em marco, quando viaja com o poeta Germain Noveau a Londres e escreve a maior parte da obra. Noveau retorna a Franca em junho. Rimbaud permanece e, doente, recebe a visita da mãe e da irmã, Vitalie. Publica em novembro o anúncio : "Parisiense de altos conhecimentos literários e linguísticos e excelente conversacão ficaria contente em acompanhar um gentleman ou uma família que desejem viajar aos países do Sul ou do Oriente ".

1875: Viaja para Stuttgart em fevereiro, e trabalha como preceptor. Verlaine é solto em marco, e procura Rimbaud com intuito, em vão, de convertê-lo ao catolicismo. Em maio, Rimbaud vai a pé a Itália. Retorna a Charleville doente, onde passa a maior parte do inverno. Em 18 de dezembro, morre Vitalie.

1876: Em abril viaja a Viena; é assaltado e acaba sendo expulso do país. No mês seguinte engaja-se no exército colonial holandês. Em julho embarca para Java, onde deserta e foge. Retorna a Charleville no último dia do ano.

1877: Viaja pela Suécia e Dinamarca, trabalhando como intérprete de um circo de Hamburgo.

1878: Vai a Gênova em outubro, de onde embarca meses depois para Alexandria. Arranja um emprego como capataz na pedreira de uma firma francesa, em Chipre.

1879: Novamente retorna, doente, à família, para restabelecer-se de tifo. Após uma melhora, torna-se comerciante na África.

1880: Parte para o Egito em junho, onde arranja emprego, em Áden, numa firma comercial de café e couro, que o transfere para sua filial na Etiópia. Viaja 20 dias a cavalo pelo deserto, chegando ao seu destino em dezembro.

1881: Prossegue como comerciante, fazendo negócios com peles e marfim no interior da África. Envia, por carta, fotos a família, as quais surpreendem pela extrema mudança fisionômica : pele escura, magro e cabeça raspada.

1882: Torna-se o primeiro europeu a percorrer o rio Ugadine, seguindo a jornada como negociante da empresa onde trabalha, que o encarrega de explorar o deserto da Somália.

1883: Recebe notícias de sua irmã Isabelle, que pede para visitá-lo, mas rejeita a idéia respondendo : "Isto aqui em um fundo de vulcão". Aconselha-a a casar e diz que, se pudesse, também constituiria uma família. Em abril, retorna a Harrar (Etiópia).

1884: Passa e viver em Áden, após a empresa onde trabalha falir. Mora nessa época com uma jovem abissínia.

1885: Na Franca, seis poemas inéditos seus são publicados por Verlaine, entre eles "Le Bateau Ivre". Rimbaud junta-se a Pierre Labatut, no final do ano, no comércio de tráfico de armas.

1886: Suas "Iluminações" são publicadas por Verlaine, em maio, na revista Vogue, que apresenta o autor como "o falecido Arthur Rimbaud". Chefia uma caravana levando armas para os rebeldes que lutam pela independência na Etiópia meses depois, numa viagem que dura quatro meses.

1887: Passa o mês de abril no Cairo, onde descansa e escreve à família : " Sinto que minha existência periclita. Carrego sempre comigo, atados na cintura, 16 mil francos-ouros, que pesam oito quilos ".

1888/90: Ingressa novamente em uma jornada, comandando uma caravana de 200 camelos e 3 mil fuzis, com destino ao líder rebelde Makonnen. Nesta época trabalha como diretor de uma feitoria. Em julho de 1890 é surpreendido com uma carta da revista Le France Moderne, que pede sua colaboração literária.

1891: Em abril é internado em Áden, em decorrência de um inchaço em sua perna direita. Quatro meses depois, retorna a Franca, onde convalesce no hospital da Conception, em Marselha. Recebe a visita de sua mãe. Sua perna é amputada, após constatação de câncer. No mesmo mês encontra-se com a irmã Isabelle, em Roche, com quem viaja, em agosto, para Marselha. Volta a ser internado e morre em 10 de novembro. É enterrado quatro dias depois em Charleville.

Arthur Rimbaud publicou, em vida, apenas uma obra, Une saison en enfer (Uma temporada no inferno), em 1873. Porém, escreveu ainda outras duas: Poésies (1871) e Illuminations (1873). Nesses dois livros, verifica-se uma aproximação sinestésica entre as palavras, os sons, as cores e os cheiros. Trata-se de uma característica marcante do Simbolismo, cujo prenúncio se deu com Charles Baudelaire em As flores do mal.

Rimbaud pretendeu compor um novo universo através da sua poesia. Para tanto não mediu esforços, indo a lugares os mais indesejáveis, como se verifica nesse trecho:

Queremos que o fogo nos queime o cérebro
Imergir no abismo, no inferno ou no céu, o que importa?
Ao fundo do desconhecido para encontrar o novo!

Suas atitudes se caracterizam por uma revisão do mundo: da moral judaico-cristã e da sociedade burguesa, capitalista. Tal objetivo é flagrante, por exemplo, em um poema como "Vogais" (Iluminações), no qual estabelece uma relação entre as cores, as vogais e os símbolos do Universo:

A negro, E branco, I vermelho, U verde, O azul: vogais

O A representaria a existência em uma nova ordem; o E a água, sem a qual não pode haver vida; o I representa o sexo; o U a vida bucólica e o retorno à natureza; e O o espaço celeste, o além-Terra. É interessante assinalar que Rimbaud abandona, até certo ponto, toda essa fulguração destruidora e recriadora em Uma temporada no inferno, ainda que permaneça a idéia de transformar a linguagem literária, conferindo-lhe uma simbologia perdida devido ao materialismo capitalista. Eis uma aspecto da importância do legado de Rimbaud, que influenciou toda uma geração, incluindo o Simbolismo no Brasil, o Surrealismo de André Breton e também músicos como Jim Morrison, do extinto grupo de rock The Doors.

Por delicadeza, perdi a minha vida.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Musica do dia:We Are The World 25 For Haiti

Nem o português lírico de Camões,
Nem o irônico de Machado.
O alemão filosófico de Nietzsche,
não me agrada como no passado.
Nem o francês
poético de Baudelaire,
É capaz de me comover.
Do inglês apaixonado de Shakespeare,
Nem um verso ando a querer.
E o italiano divino de Alighieri,
Não me encanta mais.
Dispenso até o grego de Homero
Com licença! Não os quero!
Tento jogar minhas tranças
Do topo desta Torre de Babel.
Os livros, outrora devorados,
Agora meros pesos de papel.
O vazio que me habita,
Só tua presença é capaz de preencher.
Não há léxico que comporte
As reticências em meu ser...
Não me servem tais idiomas,
Se não consigo me fazer entender.
Essas línguas não me interessam,
Quero tua língua aprender.
Que me perdoem as mentes brilhantes.
Não é desprezo, nem desdém,
Só um apelo atônito,
Afônico de alguém
Que quer outro idioma provar,
Idioma este: teu paladar.
Salgado
Doce
Azedo
Amargo.
Papila,
Saliva,
Palato.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Musica do dia : Chuva de Graças

Poeta do dia :J.G. DE ARAUJO JORGE

  Descendente, pelo lado paterno de tradicional família alagoana, os Araújo Jorge. Sobrinho do embaixador Artur Guimarães de Araújo Jorge, ( autor de inúmeras obras sobre Filosofia, História e Diplomacia), sobrinho neto de Adriano de Araújo Jorge , médico, escritor, grande orador, que foi Presidente perpétuo da Academia Amazonense de Letras, e do Prof. Afrânio de Araújo Jorge, fundador do Ginásio Alagoano, de Maceió.
Descende pelo lado materno dos Tinocos, dos Caldas e dos Gonçalves, de Campos, Macaé, e S. Fidélis, Estado do Rio.
Passou sua infância no Acre, em Rio Branco, onde fez o curso primário no Grupo Escolar, 7 de Setembro. No Rio , realizou o curso secundário nos Colégios Anglo-Americano e Pedro II Colaborou desde menino na imprensa estudantis. Foi fundador e presidente da Academia de Letras do Internato Pedro II, no velho casarão de S.Cristovão, consumido pelas chamas muitos anos depois. Data dessa época, ainda ginasiano, sua primeira colaboração na imprensa adulta: em 1931 viu publicado o seu poema "Ri Palhaço, Ri" no "Correio da Manhã", depois transcrito no "Almanaque Bertand" de 1932. Entretanto, este como outros trabalhos desse tempo, não foram incluídos em seus livros. Colaborou também no jornal " A Nação" ; nas revistas: " Carioca", "Vamos Ler", etc. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.
Em 1932, No Externato Colégio Pedro II, em memorável certame, foi escolhido o " Príncipe dos Poetas", sendo saudado na festa por Coelho Neto, "Príncipe dos prosadores brasileiros" recebendo das mãos da poetisa Ana Amélia, Presidente da Casa do Estudante, como prêmio e homenagem, um livro ofertado por Adalberto Oliveira, então " Príncipe da Poesia Brasileira".
Na Faculdade de Direito foi o fundador e o 1º Presidente da Academia de Letras, que teve como patrono Afrânio Peixoto, então professor de Medicina Legal.
Foi locutor e redator de programas radiofônicos, atuando nas Rádios Nacional, Cruzeiro do Sul, Tupi e Eldorado. Em 1965, era professor de História e Literatura, do Colégio Pedro II.
Orador oficial de entidades universitárias, (do CACO da União Democrática Estudantil, precursora da UNE, da Associação Universitária, etc), ainda estudante, venceu concursos de oratória. Em Coimbra recebeu no título de " estudante honorário" e fez Curso de Extensão Cultural na Universidade de Berlim.
Com irrefreável vocação política, foi candidato a vários cargos públicos. Elegeu-se Deputado Federal em 1970 pela Guanabara, reelegendo-se já para o seu terceiro mandato em 1978 .
Ocupou a vice-liderança do MDB e a presidência da Comissão de Comunicação na Câmara dos Deputados.
Politicamente participou sempre das lutas anti-fascistas, como democrata e socialista.. Lutou, ainda estudante, contra o "Estado Novo". Foi preso e perseguido várias vezes durante esse período . Deixou de ser orador de sua turma por estar detido na Vila Militar, sob as ordens do Gal. Newton Cavalcanti, durante todo "estado de guerra" de 1937.
Foi conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático.
Foi um dos poetas mais lidos, e talvez por isto mesmo, o mais combatido do Brasil.
Faleceu em 27 de Janeiro de 1987.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

NOITE FELIZ , Adélia prado



Dói tanto que se pudesse diria:
me fere de lepra.
Mas que importa a Deus o monte de carne podre?
Tem piedade de mim, Vós, cujo filho duas vezes gritou,
apesar de ser Deus. Me dá um sonho.
É como se meu pai não me amasse
e não tivesse dado a vida por mim.
Só belos versos, não.
Uma linha depois da outra,
tão finamente escritas,
com tão primoroso fecho
- e o que sinto é cansaço.
Basta a beleza própria
da estocada das coisas no meu peito.
Comer, sonhar, talvez morrer, quem sabe?
A morte existe, ô pai?
Sei que na Polônia católica
ninguém escreveu com estas mesmas palavras
na carrocinha de doces:
'Para todos e sua família desejo um feliz natal.'
No Brasil sim, na minha rua,
usando uma língua pobre e uma caneta de cor,
alguém sentiu o inefável.
Não se perderá o fermento, ó comadre.
Bebem? Não pagam as contas?
- Vamos fazer um teatro.
Tem a máscara do boi, do burro,
as vestes de José e Maria,
tem a roupa do homem que negou hospedagem
mas que veio depois, depois da estrela,
dos anjos, depois dos pobres pastores, e que mais recebeu.
Porque não merecia.
Sou miserável.
Um monte de palha seca
é obra de minhas mãos.
Tem piedade de mim,
desce, orvalho do céu,
desce sobre nós,
restabelece o fio das conversas saudáveis.
Traze a fresca manhã.
"ele é o pai"

É só acreditar... Val Bomfim


Começa o ano
da esperança...
Os fracassos
serão transformados
em vitórias...
pensamentos de paz
inundarão as mentes
de crianças e adultos
eternizando desejos
de não violência,
anseios de fim das guerras,
término de lutas e batalhas.
Os dias amanhecerão
instigando a procura da verdade,
alargando os passos do otimismo
e reconstruindo o que antes
fora desmoronado.

Começa o ano
da solidariedade...
portas se abrirão
superando as dores
da indiferença.
Alegrias serão somadas
aos
sentimentos fraternos
misturando-se com a crença
de paz em todo o universo.

Começa o ano da
liberdade...da saúde perfeita... das possibilidades...
do trabalho para todos... do sucesso..
da serenidade... do equilíbrio...  da
poesia e do amor...
Assim será 2012...
É só acreditar!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida:
O AMOR.
Carlos Drummond de Andrade


Nem tudo é fácil



É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!


 cecilia meireles

Poeta do dia:Lawrence Ferlinghetti

Lawrence Ferlinghetti nasceu em Yonkers, Nova York, em 1919. Seu pai, o italiano Carlo Ferlinghetti, morreu antes de ele nascer, e sua mãe foi internada por problemas nervosos quando ele era muito pequeno. Ferlinghetti foi criado por uma tia materna e passou os cinco primeiros anos de vida na França. Após voltar para os Estados Unidos, passou por várias escolas até ingressar na University of North Carolina, na qual estudou jornalismo. Publicou suas primeiras histórias na Carolina Magazine.
No verão de 1941, morou com dois amigos numa pequena ilha no Maine. Essa experiência o aproximou do mar, que se tornou um dos temas recorrentes em sua obra. Logo depois entrou para a Marinha; serviu durante a Segunda Guerra Mundial, participando, inclusive, da invasão da Normandia. Logo após a guerra trabalhou por um breve período na revista Time, antes de retomar os estudos e ir para a Columbia University, e nela o obter o grau de mestre em literatura inglesa, em 1947. Seguiu para a França e doutorou-se pela Sorbonne em 1950, com menção honrosa.
Ao voltar para os EUA em 1951, instalou-se em São Francisco e passou a dar aulas de francês, traduzir, pintar e fazer crítica de arte. As primeiras traduções foram publicadas na revista cultural City Lights por Peter D. Martin, que em 1953 se tornaria seu sócio na antológica livraria City Lights. Um ano depois da saída de Martin, Ferlinghetti fundou a editora City Lights, pela qual publicou seu primeiro livro, Pictures of the Gone World, primeiro volume da Pocket Poets Series. O quinto número dessa coleção foi o emblemático Uivo, de Allen Ginsberg. A partir de então a editora ficou conhecida por publicar os grandes autores beat, como Jack Kerouac, Gregory Corso e William Burroughs. Porém, a publicação de Uivo trouxe problemas para Ferlinghetti, que foi preso e acusado de obscenidade. O julgamento – favorável à editora – só trouxe mais publicidade para os autores beat e para a livraria, que completou meio século em 2003 e continua um ponto de encontro de escritores, artistas e intelectuais.
Mesmo que o estilo literário, a temática e o modo de vida não façam de Ferlinghetti exatamente um beat, ele comumente é identificado como integrante dessa geração de escritores. Kerouac eternizou o amigo em Big Sur, romance autobiográfico no qual Ferlinghetti aparece com o nome de Lorenzo Monsanto, retratado como uma figura generosa e bem-humorada.
A poesia de Ferlinghetti tem como temas principais a beleza do mundo natural, o tragicômico da vida do homem comum, a questão do indivíduo na sociedade de massa e o sonho – e a frustração – da democracia. Entre suas influências figuram T. S. Elliot, Ezra Pound, e. e. Cummings, Proust e Baudelaire. Sua obra desafia a definição de arte e também o papel do artista no mundo, e conclama os outros escritores a se engajarem na vida política e social.
Um parque de diversões da cabeça (A Coney Island of the Mind, frase tirada do livro Into the Night Life, de Henry Miller), publicado em 1958, é ainda a mais conhecida de suas obras, tendo sido traduzida para diversas línguas. Mas, desde a década de 1950, Ferlinghetti não parou de publicar. Além de títulos de poesia como Pictures of the Gone World (1955) e Back Roads to Far Places (1971), publicou Her (1960), Tyrannus Nix? (1969), de prosa, e Unfair Arguments with Existence (1963) e Routines (1964), peças. Seus livros mais recentes são A Far Rockaway of the Heart (1997), How to Paint Sunlight (2001) e Americus Book I (2004). Ferlinghetti recebeu inúmeros prêmios e foi eleito em 2003 para a prestigiosa American Academy of Arts and Letters.
Esqueceste que sou tímido e as vezes me falta o verbo e o ar.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Musica do dia:Pitty - Semana Que Vem

Nada é permanente nesse mundo cruel. Nem mesmo os nossos problemas.

Poeta do dia:Charles Chaplin

   Charles Chaplin nasceu em um subúrbio de Londres no ano de 1889, filho de dois artistas de teatro e música. O pai morreu ainda jovem, vítima de alcoolismo, e a mãe faleceu anos depois com problemas mentais, em um asilo Londrino. Os primeiros anos da vida de Chaplin se passaram em orfanatos, e foi lá onde encontrou todos os elementos que utilizaria mais tarde nos roteiros dos filmes que dirigiu e interpretou. Ainda Adolescente iniciou seu trabalho como artista ao lado do irmão Sidney em espetáculos teatrais e musicais nas cidades inglesas.
Apartir daí Chaplin foi conquistando o seu espaço no teatro e, posteriomente, no cinema, em companhias cinematograficas da Europa e dos Estados Unidos. Em alguns anos, Chaplin se tornaria o mais famoso ator do cinema hollywoodiano, e, depois, um notável diretor. Foi uma das personalidades mais criativas da era do cinema mudo; ele atuou, dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente financiou seus próprios filmes.
Seu principal personagem foi “The Tramp” (O Vagabundo): um andarilho com maneiras refinadas e dignidade de um cavalheiro que vestia um casaco firme, calças e sapatos mais largos que o seu número, um chapéu ou cartola, uma bengala de bambu, e, claro, o bigode. Foi o incrível Carlitos, sua marca resistrada enquanto artista.
Apesar de filmes falados terem se popularizado, em 1927, Chaplin resistiu a produzí-los até o ano de 1930. O Grande Ditador foi o seu primeiro filme com som. Foi, também, uma afronta a Adolf Hitler e ao fascismo que reinava à época. Filmado e lançado nos Estados Unidos um ano antes da entrada do país na Guerra, após o descobrimento do Holocausto, Charles revelou que não conseguiria brincar com o regime nazista como brincou no filme se soubesse da extensão do problema.
Ao longo dos anos, Chaplin produziu alguns dos mais importantes trabalhos da história do Cinema, além dos já citados Tempos Modernos e O Grande Ditador. Destacam-se ainda: Luzes da Ribalta, Em busca do ouro e Luzes da Cidade.
Segundo Edgar Morin, em um ensaio sobre Chaplin intitulado O Mistério Carlitos, “A ‘estrela’ é o produto de uma dialética da personalidade: um autor impõe sua personalidade a um ator; e desse acúmulo nasce um ser misto: ‘a Estrela’”. Para o pensador francês, Chaplin foi uma estrela por justamente capitar todo o humanismo, ou a falta de humanismo, de uma época marcada pelas tecnologias; mas também pela falta de sensibilidade. “Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade”, disse Chaplin, em sua carta de Apelo aos Homens.


Ganhador de um oscar honorário concedido pela Academia de Artes e ciências cinematográficas, em 1972, Chaplin faleceu em dezembro de 1977, aos 88 anos, como uma das mais brilhantes personalidades da história do cinema.



A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela sociedade, não pela natureza.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Poeta do dia:William Shakespeare

Shakespeare é considerado um dos mais importantes dramaturgos e escritores de todos os tempos. Seus textos literários são verdadeiras obras de arte e permaneceram vivas até os dias de hoje, onde são retratadas freqüentemente pelo teatro, televisão, cinema e literatura.
Biografia e obras 
Nasceu em 23 de abril de 1564, na pequena cidade inglesa de Stratford-Avon. Nesta região começa seus estudos e já demonstra grande interesse pela literatura e pela escrita. Com 18 anos de idade casou-se com Anne Hathaway e, com ela, teve três filhos. No ano de 1591 foi morar na cidade de Londres, em busca de oportunidades na área cultural. Começa escrever sua primeira peça, Comédia dos Erros, no ano de 1590 e termina quatro anos depois. Nesta época escreveu aproximadamente 150 sonetos.
Embora seus sonetos sejam até hoje considerados os mais lindos de todos os tempos, foi na dramaturgia que ganhou destaque. No ano de 1594, entrou para a Companhia de Teatro de Lord Chamberlain, que possuía um excelente teatro em Londres. Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elisabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância. Escreveu tragédias, dramas históricos e comédias que marcam até os dias de hoje o cenário teatral.
Os textos de Shakespeare fizeram e ainda fazem sucesso, pois tratam de temas próprios dos seres humanos, independente do tempo histórico. Amor, relacionamentos afetivos, sentimentos, questões sociais, temas políticos e outros assuntos, relacionados a condição humana, são constantes nas obras deste escritor.
No ano de 1610, retornou para Stratford, sua cidade natal, local onde escreveu sua última peça, A Tempestade, terminada somente em 1613.  Em 23 de abril de 1616 faleceu o maior dramaturgo de todos os tempos, de causa ainda não identificada  pelos historiadores.
Principais obras :
- Comédias: O Mercador de Veneza, Sonho de uma noite de verão, A Comédia dos Erros, Os dois fidalgos de Verona, Muito barulho por coisa nenhuma, Noite de reis, Medida por medida, Conto do Inverno, Cimbelino, Megera Domada e A Tempestade.

- Tragédias: Tito Andrônico, Romeu e Julieta, Julio César, Macbeth, Antônio e Cleópatra, Coriolano, Timon de Atenas, O Rei Lear, Otelo e Hamlet.

- Dramas Históricos: Henrique IV, Ricardo III, Henrique V, Henrique VIII.
Frases de Shakespeare:
- "Dê a todos seus ouvidos, mas a poucos a sua voz."
- "Antes ter um epitáfio ruim do que a maledicência durante toda a vida."
- "Ser, ou não ser, eis a questão."
- "Sem ser provada, a paciência dura".
- "As mais lindas jóias, sem defeito, com o uso o encanto perdem".
- "Pobre é o amor que pode ser contado".
- "Nada me faz tão feliz quanto possuir um coração que não se esquece de seus amigos".
Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Musica do dia:Shaman - Fairy Tale

O que temer? Nada.
A quem temer? Ninguém.
Por que? Porque aqueles que se unem a Deus obtém três grandes previlégios: onipotência sem poder; embriaguez, sem vinho e vida sem morte.

Poeta do dia:Florbela Spanca

Mesmo antes de seu nascimento, a vida de Florbela Espanca já estava marcada pelo inesperado, pelo dramático, pelo incomum.
Seu pai, João Maria Espanca era casado com Maria Toscano. Como a mesma não pôde dar filhos ao marido, João Maria se valeu de uma antiga regra medieval, que diz que quando de um casamento não houver filhos, o marido tem o direito de ter os mesmos com outra mulher de sua escolha. Assim, no dia 8 de dezembro de 1894 nasce Flor Bela Lobo, filha de Antónia da Conceição Lobo. João Maria ainda teve mais um filho com Antónia, Apeles. Mais tarde, Antónia abandona João Maria e os filhos passam a conviver com o pai e sua esposa, que os adotam.
Florbela entra para o curso primário em 1899, passando a assinar Flor d’Alma da Conceição Espanca. O pai de Florbela foi em 1900 um dos introdutores do cinematógrafo em Portugal. A mesma paixão pela fotografia o levará a abrir um estúdio em Évora, despertando na filha a mesma paixão e tomando-a como modelo favorita, razão pela qual a iconografia de Florbela, principalmente feita pelo pai, é bastante extensa.
Em 1903, aos sete anos, faz seu primeiro poema, A Vida e a Morte. Desde o início é muito clara sua precocidade e preferência a temas mais escusos e melancólicos.
Em 1908 Antônia Conceição, mãe de Florbela, falece. Florbela então ingressa no Liceu de Évora, onde permanece até 1912, fazendo com que a família se desloque para essa cidade. Foi uma das primeiras mulheres a ingressar no curso secundário, fato que não era visto com bons olhos pela sociedade e pelos professores do Liceu. No ano seguinte casa-se no dia de seus 19 anos com Alberto Moutinho, colega de estudos.
O casal mora em Redondo até 1915, quando regressa à Évora devido a dificuldades financeiras. Eles passam a morar na casa de João Maria Espanca. Sob o olhar complacente de Florbela ele convive abertamente com uma empregada, divorciando-se da esposa em 1921 para casar-se com Henriqueta de Almeida, a então empregada.
Voltando a Redondo em 1916, Florbela reúne uma seleção de sua produção poética de 1915 e inaugura o projeto Trocando Olhares, coletânea de 88 poemas e três contos. O caderno que deu origem ao projeto encontra-se na Biblioteca Nacional de Lisboa, contendo uma profusão de poemas, rabiscos e anotações que seriam mais tarde ponto de partida para duas antologias, onde os poemas já devidamente esclarecidos e emendados comporão o Livro de Mágoas e o Livro de Soror Saudade.
Regressando a Évora em 1917 a poetisa completa o 11º ano do Curso Complementar de Letras, e logo após ingressa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Após um aborto involuntário, se muda para Quelfes, onde apresenta os primeiros sinais sérios de neurose. Seu casamento se desfaz pouco depois.
Em junho de 1919 sai o Livro de Mágoas, que apesar da poetisa não ser tão famosa faz bastante sucesso, esgotando-se rapidamente. No mesmo ano passa a viver com Antônio Guimarães, casando-se com ele em 1921. Logo depois Florbela passa a trabalhar em um novo projeto que a princípio se chamaria Livro do Nosso Amor ou Claustro de Quimeras. Por fim, torna-se o Livro de Soror Saudade, publicado em janeiro de 1923.
Após mais um aborto separa-se pela segunda vez, o que faz com que sua família deixe de falar com ela. Essa situação a abalou muito. O ex-marido abriu mais tarde em Lisboa uma agência, “Recortes”, que enviava para os respectivos autores qualquer nota ou artigo sobre ele. O espólio pessoal de Antônio Guimarães reúne o mais abundante material que foi publicado sobre Florbela, desde 1945 até 1981, ano do falecimento do ex-marido. Ao todo são 133 recortes.
Em 1925 Florbela casa-se com Mário Lage no civil e no religioso e passa a morar com ele, inicialmente em Esmoriz e depois na casa dos pais de Lage em Matosinhos, no Porto.
Passa a colaborar no D. Nuno em Vila Viçosa, no ano de 1927, com os poemas que comporão o Charneca em Flor. Em carta ao diretor do D. Nuno fala da conclusão de Charneca em Flor, e fala também da preparação de um livro de contos, provavelmente O Dominó Preto.
No mesmo ano Apeles, irmão de Florbela, falece em um trágico acidente, fato esse que abalou demais a poetisa. Ela aferra-se à produção de As Máscaras do Destino, dedicando ao irmão. Mas então Florbela nunca mais será a mesma, sua doença se agrava bastante após o ocorrido.
Começa a escrever seu Diário de Último Ano em 1930. Passa a colaborar nas revistas Portugal Feminino e Civilização, trava também conhecimento com Guido Batelli, que se oferece para publicar Charneca em Flor. Florbela então revê em Matosinhos as provas do livro, depois de tentar o suicídio, período em que a neurose se agrava e é diagnosticado um edema pulmonar.
Em dois de dezembro de 1930, Florbela encerra seu Diário do Último Ano com a seguinte frase: “… e não haver gestos novos nem palavras novas.” Às duas horas do dia 8 de dezembro – no dia do seu aniversário Florbela D’Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos, ingerindo dois frascos de Veronal. Algumas décadas depois seus restos mortais são transportados para Vila Viçosa, “… a terra alentejana a que entranhadamente quero”.
A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Musica do dia:sonho lindo"da tania mara

"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos."

Poeta do dia: Victor Hugo

Nascido em Besançon em 1802 ( "o século tinha apenas dois anos "), Victor Hugo era filho de um general do Império. Muito jovem, ainda, compôs numerosos poemas. Aos quinze anos recebeu um prêmio em um concurso de poesia da Academia Francesa. A partir desse momento resolveu dedicar-se à carreira literária: "serei  um Chateaubrian ou não serei nada ". Apaixonado, generoso e dotado de uma extraordinária capacidade de trabalho, Hugo escreveu uma obra colossal e variada. A partir de 1822, integrou-se ao romantismo e em breve se transformou no porta-voz desse movimento. Nos seus escritos reserva lugar preponderante aos estados de alma. Demonstra uma forte tendência ao estranho, ao maravilhoso, ao exótico e ao pitoresco. Em 1830 estréia Hernani obra teatral que representa o fim do classicismo, e desencadeia uma polêmica apaixonada.Essa obra expressa novas aspirações da juventude. para Hugo começa então um período de fecundidade. Rival de Lamartine, deseja  se afirmar como o único e maior poeta lírico da França.
             A partir de 1835, empreende várias viagens pela Europa. Ao mesmo tempo escreve ainda numerosas obras de teatro. Sua glória de poeta é finamente consagrada em 1841, com a sua eleição para a Academia Francesa. No mesmo ano Luís Felipe o nomeia par de França. A essa altura, Victor Hugo é um homem bem sucedido, leva uma vida burguesa e dedica-se  muito pouco a toda criação verdadeiramente nova. Mas ao ser deflagrada a revolução se 1848, se entusiasma com os valores revolucionários das camadas miseráveis e rompe-se com o parido da situação. Torna-se deputado, e se destaca por sua eloquência e por sua radical   oposição a Luís Napoleão Bonaparte. Quando ocorre o golpe de Estado de 2 de dezembro de 1851, Hugo combate nas barricadas e quando "Napoleão, o pequeno"se torna imperador, vê-se obrigado a exilar-se.
              Refugiado em Guernesey, Hugo redige ferozes panfletos contra o regime imperial. Mas também escreve grandes "painéis" novelescos e poéticos, em particular A Lenda dos Séculos (1859-1883). Esta obra épica evoca a história do mundo e mistura constantemente a lenda com a realidade. Para ele, o mundo é o terreno onde se defrontam os mitos, o bem e o mal, a bondade e a crueldade. Do mesmo modo, escreve alguns romances,entre eles Os Miseráveis ( 1862). Quando explode a guerra de 1870 e o Império se desmorona, Hugo regressa à França: é um símbolo da resistência republicana. Sua atividade literária se reduz então consideravelmente. Quando morre, em 1885, a república lhe presta homenagens fúnebres nacionais. Com ele desaparece um dos grandes gênios da língua francesa. Victor Hugo despertou imenso entusiasmo e fervor popular e deixou sua marca na literatura de todo o século XIX, e ainda em boa parte do século XX.

  "Escuta tua consciência antes de agir, porque a consciência é Deus presente no homem." 
(Victor Hugo)  

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.

Mário Quintana