Nem o português lírico de Camões,
Nem o irônico de Machado.
O alemão filosófico de Nietzsche,
não me agrada como no passado.
Nem o francês poético de Baudelaire,
É capaz de me comover.
Do inglês apaixonado de Shakespeare,
Nem um verso ando a querer.
E o italiano divino de Alighieri,
Não me encanta mais.
Dispenso até o grego de Homero
Com licença! Não os quero!
Tento jogar minhas tranças
Do topo desta Torre de Babel.
Os livros, outrora devorados,
Agora meros pesos de papel.
O vazio que me habita,
Só tua presença é capaz de preencher.
Não há léxico que comporte
As reticências em meu ser...
Não me servem tais idiomas,
Se não consigo me fazer entender.
Essas línguas não me interessam,
Quero tua língua aprender.
Que me perdoem as mentes brilhantes.
Não é desprezo, nem desdém,
Só um apelo atônito,
Afônico de alguém
Que quer outro idioma provar,
Idioma este: teu paladar.
Salgado
Doce
Azedo
Amargo.
Papila,
Saliva,
Palato.
Nem o irônico de Machado.
O alemão filosófico de Nietzsche,
não me agrada como no passado.
É capaz de me comover.
Do inglês apaixonado de Shakespeare,
Nem um verso ando a querer.
E o italiano divino de Alighieri,
Não me encanta mais.
Dispenso até o grego de Homero
Com licença! Não os quero!
Tento jogar minhas tranças
Do topo desta Torre de Babel.
Os livros, outrora devorados,
Agora meros pesos de papel.
O vazio que me habita,
Só tua presença é capaz de preencher.
Não há léxico que comporte
As reticências em meu ser...
Não me servem tais idiomas,
Se não consigo me fazer entender.
Essas línguas não me interessam,
Quero tua língua aprender.
Que me perdoem as mentes brilhantes.
Não é desprezo, nem desdém,
Só um apelo atônito,
Afônico de alguém
Que quer outro idioma provar,
Idioma este: teu paladar.
Salgado
Doce
Azedo
Amargo.
Papila,
Saliva,
Palato.