VIDA DE POETA
Site de Ronilson Souza. Sonhos, poesia e imagem
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Maúlpe
1ª PARTE.
Era uma vez.......
Desta forma começa todos os contos de fadas, que sempre tem seus finais felizes onde a mocinha acaba ficando com o príncipe, com o cavaleiro real ou com qualquer outro rapaz bonito que esteja nesse “ era uma vez” que trilha caminhos cheios de lírios e rosas.
Meu nome é Maúlpe e tenho 15 anos de idade, nasci em uma pequena cidade da Itália em Milão . Minha família é muito religiosa, todos os domingos sem falta vamos á igreja, quando não da pra ir meus pais criam um remoço tão grande e tudo que da errado é porque não fomos a igreja. Tenho catequese todos os sábados e estou no primeiro ano do ensino médio. Nesse mesmo ano ganhei um diário da minha vó , para escrever coisas sobre mim. Gostei bastante, claro poderia dividir aqui algo que nunca contaria a alguém, um segredo sobre mim.
Era uma vez.......
Desta forma começa todos os contos de fadas, que sempre tem seus finais felizes onde a mocinha acaba ficando com o príncipe, com o cavaleiro real ou com qualquer outro rapaz bonito que esteja nesse “ era uma vez” que trilha caminhos cheios de lírios e rosas.
Meu nome é Maúlpe e tenho 15 anos de idade, nasci em uma pequena cidade da Itália em Milão . Minha família é muito religiosa, todos os domingos sem falta vamos á igreja, quando não da pra ir meus pais criam um remoço tão grande e tudo que da errado é porque não fomos a igreja. Tenho catequese todos os sábados e estou no primeiro ano do ensino médio. Nesse mesmo ano ganhei um diário da minha vó , para escrever coisas sobre mim. Gostei bastante, claro poderia dividir aqui algo que nunca contaria a alguém, um segredo sobre mim.
CARTA DE AMOR DE UM SOLDADO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.
O portal “Letters of Note” divulgou uma carta bafão escrita pelo soldado Brian Keith à Dave, um outro soldado por quem Brian se apaixonou em 1943, quando se conheceram no Norte da África.
A carta foi escrita por ocasião do seu aniversário e publicada pela primeira vez em setembro de 1961 pela “Revista ONE”, uma revista pro-gay pioneira que começou a ser publicada em 1953. A carta original se encontra, dizem, na Biblioteca do Congresso dos EUA.
Segue o que está escrito na carta:
“Esta é em memória do aniversário — 27 de outubro de 1943 — quando o ouvi cantar pela primeira vez no Norte da África. Esta canção traz lembranças dos momentos mais felizes que já vivi — lembranças do show de um soldado das tropas americanas — cortinas feitas com tecido de dirigível — luminárias feitas a partir de latas de chocolate — ensaios que se prolongavam até tarde da noite… e um rapaz bonito, com uma voz de tenor maravilhosa… são memórias de uma de uma noite chuvosa e dois soldados ensopados debaixo de uma árvore solitária na planície africana… Lembranças de uma noite fria e ventosa, em que nos metemos em um teatro para soldados e adormecemos em uma cobertura atrás dos bastidores, os dois, presos nos braços um do outro, e as lembranças do impacto causado ao acordar e ver que, milagrosamente, não tínhamos sido descobertos… Lembranças da felicidade de quando nos disseram que iríamos para casa e a devastação que sentimos quando soubemos que não iríamos juntos. A despedida calorosa em uma praia isolada sob o céu repleto de estrelas da noite africana e as lágrimas que não paravam de cair enquanto, no cais, eu via seu comboio ir longe no horizonte.
Nós prometemos que estaríamos juntos novamente “em casa”, mas o destino sabia mais do que nós. Nunca aconteceu. E assim, Dave, eu espero que, onde quer que você esteja, essas memórias sejam tão preciosas para você como são para mim.
Boa noite, durma bem, meu amor.
Brian Keith.”
sábado, 13 de julho de 2013
Poeta todos nós somos!!
Este é o título deste poema de Murilo Mendes publicado em 1938 que diz muito do que sinto atualmente. Não sei se faltam poetas ou oportunidades para poetizar. Já não existe espaço para o sonho da epifania temos é que adquirir objetos que nos foram impingidos como o máximo que poderíamos atingir.Mas vamos ao poema:
Somos todos poetas
Assisto em mim a um desdobrar de planos.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.
terça-feira, 2 de julho de 2013
O sentido do sentimento
Quando o vi pela primeira vez;
Ao fitar em teus olhos;
Meu coração que ressequido no outrora,
Palpita a mais de cem por hora.
O choque da paixão ascendeu meu coração.
Como um calor amoroso que unia nossas almas.
Cada instante em tua presença tinha um encanto.
Que surgia de sonhos, devaneios e utopias,
Meramente alcançados.
Os corpos ressequidos se entrelaçavam
E uniam-se com fluidos que emergiam dos
Nossos poros. Que meu aguçado sentido,
Sentia da resposta de teu corpo.
Minhas pupilas dilatavam ao fitar em teus olhos.
O cheiro de nossos corpos inebriava o quarto,
E os lençóis.
Lençóis que vestiam nossa nudez.
Nossas bocas se encontravam;
Minhas papilas degustavam o sabor de teu beijo.
Minha língua discorria sobre sua pele,
Como um pincel que discorre sobre a tela do
Pintor.
O toque de minhas mãos em tua pele,
Tateava cada milímetro de teu corpo,
Como o oleiro que molda sua obra de arte.
Não é este um disparate;
E sim apenas, mais um sentimento de;
Sentidos que senti. E sinto que este sentimento,
Ficara retido em meu pensamento.
Leandro Daniel
quarta-feira, 19 de junho de 2013
O Ideal Português como Ideal para o Mundo

Três pontos, segundo Camões, sobre os quais temos que meditar, e ver como é. Ponto número 1: é preciso que os corpos se apaziguem para que a cabeça possa estar livre para entender o mundo à volta. Enquanto nós estamos perturbados com existir um corpo que temos que alimentar, temos que fartar, que temos de tratar o melhor possível, cometendo para isso muitas coisas extremamente difíceis, nessa altura, quando a nossa cabeça estiver inteiramente livre e límpida, nós podemos ouvir aquilo que Camões chama «a voz da deusa». E que faz a voz da deusa? Arranca àqueles marinheiros as limitações do tempo e as limitações do espaço. Arranca-os às limitações do tempo o que faz que eles saibam qual vai ser o futuro de Portugal. E arranca-os às limitações do espaço porque eles vêem todo o mundo ao longe, o universo que está ao longe, a deusa lho mostra, embora com o sistema errado, digamos assim, ou imperfeito, de Ptolomeu, e eles estão portanto inteiramente fora do espaço. Aquilo que foi o ideal dos gregos, e que os gregos nunca conseguiram realizar. Então o que é que aconteceu? Aconteceu que um dia houve outro português que tinha ido para o Brasil, ponto a que foram muitos portugueses porque lhes era insuportável aquilo que Portugal se tornara para poderem levar a Europa ao mundo, o menino António Vieira foi ao Brasil, cresceu no Brasil, abrasileirou-se, se assim quiser usar a expressão, e é possível que ele um dia tivesse lido o poema de Camões e tivesse lido a ilha dos amores, e dissesse: as três ideias do Camões são hoje fundamentais; o apaziguar do corpo, aquilo que é sano como corpo, termos a nossa cabeça bem aberta, bem livre do pesadelo que tantas vezes nos dá a nossa vida quotidiana, para que possamos ouvir a voz da deusa, dizia o Camões, mas o António Vieira, que se fizera jesuíta, diz que se trata de ouvir a voz de Deus. E então ele diz, para apaziguar o corpo eu tenho outros métodos, que eram naturalmente os métodos que se usavam na companhia, a meditação dos textos sagrados, os jejuns, a chibatada se era preciso chibatar-se a si próprio, etc, para que realmente da mesma maneira, a cabeça se torne limpa, e nós possamos ouvir, diz agora o Vieira, a voz de Deus, o qual me vai mostrar as coisas fundamentais do mundo, me vai fazer ultrapassar o tempo e o espaço, me vai provavelmente fazer ultrapassar esse problema de se há liberdade, se há destino, para ele chegar áquele ponto onde liberdade e destino estão inteiramente conjuntos e avançou sobre o Camões. Porque o grande defeito de Camões foi contar o que se passava na ilha dos amores mas não tira conclusão nenhuma. Nenhuma. Termina logo o poema. Ele não diz o que fizeram esses marinheiros depois de ter aquela experiência extraordinária de ter vivido na ilha dos amores. Chegaram a Lisboa e que é que fizeram? Não se sabe de nada, Camões estava cansado, já não podia cantar mais coisa nenhuma, não mais musa não mais, e ficamos por aí. Com o Vieira não aconteceu assim. Quando ele pensou à sua maneira uma ilha dos amores, ele disse agora aquilo que eu pensei e pus nos mesmos três pontos essenciais que pôs o Camões, agora isso deve servir para o mundo inteiro. Homem porque é homem, terá sempre como ideal apaziguar o corpo, ter a cabeça livre de pesadelos, para poder ouvir o quê? E já não se podia dizer a voz da deusa nem a voz de deus. A voz do universo. Entender o que o universo é na sua essência. Podemos nós pensar outra vez na ilha dos amores? Claro que sim. Podemos nós pensar, por exemplo, pedirmos a uma pessoa da rua, o que é que ela precisa para apaziguar o seu corpo, ela vai logo mexer num ponto da economia qualquer. É preciso, para que essa ilha dos amores possa existir, que o homem possa entender que o capitalismo existe, não para ficar continuamente, tendo mais lucro, contando mais juros, e pagando mais divídas pedindo mais dinheiro emprestado, mas terminar num ponto em que a economia desapareça completamente, em que haja tudo para todos. Primeiro ponto. Segundo ponto: que aí o homem possa passar à sua verdadeira vida, que é a de contemplar o mundo, ser poeta do mundo, e o mundo poeta para ele, de tal maneira que nunca mais ninguém se preocupe com fazer tal ou tal obra, mas por ser tal ou tal objecto no mundo, a identidade dele, a única. O ser único que existe no mundo entre os tais biliões de seres que pelo mundo existem. Então isso aí é alguma coisa que muita gente hoje pode ter como ideal. Muita gente tem como ideal e toda a gente, podemos dizer, tem como ideal. Com um feitio, com outro feitio, de uma maneira, ou de outra maneira, e que talvez realmente um dia tome conta de todo o mundo.
Agostinho da Silva, in 'Entrevista'
REVOLUÇÃO
Pena que as revoluções
não as façam os tiranos
se fariam bem em ordem
durariam menos anos
liberdade sairia
como verba de orçamento
e se houvesse qualquer saldo
se inventava suplemento
pagamento em dia certo
daria para isto aquilo
o que sobrasse guardado
de todo o assalto a silo
mas o que falta aos tiranos
é só imaginação
e o jeito na circunstância
é mesmo a revolução.
Agostinho da Silva, in 'Poemas'
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